Membros do Steering Board do OpenRAN@Brasil e representantes das instituições coordenadoras e executoras estiveram presentes na terceira e última reunião do ano, que aconteceu na manhã de 1º de dezembro. O encontro teve como pauta a evolução das duas fases do programa.
A diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP, Iara Machado, abriu a sessão e apresentou o status atual do programa. “Na fase 1, estamos executando a implantação do testbed, com os primeiros pontos (Campinas-Rio de Janeiro). Na fase 2, também em execução, estamos desenvolvendo as tecnologias do equipamento Open RAN (hardware e apps)”, explicou a diretora, que adiantou que a fase 3, com a junção dos resultados da primeira e segunda fase, deverá expandir o testbed em cinco pontos – um em cada região do Brasil – e abrir chamadas públicas para trazer as aplicações e casos de uso para esses ambientes.
“Nossa expectativa com o Steering Board é que ele nos ajude a ter esse direcionamento estratégico e tecnológico para o programa, pois esse é um tema que está em grande movimento e precisamos fazer ajustes de percurso o tempo todo. A visão e a colaboração do grupo são fundamentais nesse processo”, complementou.
O gerente de projeto do OpenRAN@Brasil, Lucas Bondan, falou sobre a evolução das fases 1 e 2. O projeto de testbed foi concluído, com 2 pontos (Campinas (CPQD) e Rio de Janeiro (RNP)). A instalação de todos os equipamentos adquiridos para os dois sites está em fase de conclusão, com ajustes finais de controle e orquestração. Já foram realizadas algumas demonstrações do testbed, como no WRNP 2023 e no seminário promovido pela Anatel e Embaixada do Japão. Entre os próximos passos, além da finalização das instalações, há uma demonstração programada entre os dias 13 a 15 de dezembro e a disponibilização dos testbeds para os grupos de trabalho.
“Enfrentamos desafios para a aquisição de equipamentos e componente, como a crise de semicondutores afetou aquisições e um atraso no cronograma de disponibilização do testbed (mais ou menos seis meses)”, relatou Bondan. “O licenciamento de espectro junto à Anatel já foi aprovado para os dois sites”.
Fase 1: início dos trabalhos dos GTs e chamada pública para startups
O coordenador de P&D da RNP, Daniel Marques, falou sobre os Grupos de Trabalho (GT), que foram selecionados em chamada pública para fomentar a colaboração de universidades com o programa a fim de contribuir com a evolução do testbed. “Os seis GTs selecionados terão 12 meses para a execução do projeto (até 31/10/2024) e estão bem espalhados geograficamente (UnB, UNISINOS, UFPE, UFPB, UFF e UFPA)”. Os trabalhos dos GTs começaram oficialmente em novembro.
A abertura da chamada pública que tem o objetivo de selecionar startups que estejam desenvolvendo aplicações 5G, ou que possam se beneficiar da tecnologia 5G, também esteve em pauta na reunião. Segundo o coordenador, as startups escolhidas serão encarregadas de conduzir seus experimentos e validar os seus produtos, utilizando o ambiente de experimentação disponibilizado e em contrapartida, fornecem feedbacks estruturados para a melhoria e evolução do testbed.
Com previsão de lançamento em 15/12, a chamada prevê recursos de até 100 mil reais para cada startup selecionada, infraestrutura de ponta, terminais para experimentação e capacitação técnica.
Evoluções da fase 2: protótipo 5G e Software de Gerência
Entre as principais evoluções da fase 2, estão o desenvolvimento do protótipo de Unidade de Rádio 5G Aberta (Open Radio Unit 5G ou O-RU 5g), a qual já tem seus blocos funcionais definidos e em desenvolvimento, e do Software de Gerência, com sua arquitetura de SW delineada e alguns módulos em desenvolvimento, com uma demonstração prevista para dezembro.
Em relação às atividades de P&D da segunda fase, há a criação e disponibilização de um ambiente de desenvolvimento, integração Near-Real Time RIC e Non-Real Time RIC e desenvolvimento de xApps/rApps (Economia de energia, Alocação de recursos para fatias de rede (slicing), Suporte a RIC distribuído e Self-organized RAN).
Participaram da reunião representantes do CPQD, RNP, Inatel, MCTI, Instituto Eldorado, ANATEL, CONEXIS, MCOM e V2Com.
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