Em 30/06, o programa OpenRAN@Brasil reuniu os participantes do Steering Board (Comitê de Governança) em conferência virtual para apresentar a evolução da fase 1 e do testbed, além dos trabalhos sendo realizados na fase 2 e as perspectivas para a fase 3 do programa.  

Executada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a fase 1 do programa tem como objetivos principais a Pesquisa e Desenvolvimento de tecnologias que habilitam a softwarização de infraestruturas de rede multi-domínio com o uso de soluções abertas e desagregadas e prover um ambiente de testes (testbed) a nível nacional, para o uso pela academia, indústria e prestadores de serviços de comunicação. A primeira fase também conta com a participação de pesquisadores da UFRGS, Unicamp, UFF, UFPA e UFRJ.  

“O projeto do testbed foi concluído, com equipamentos em aquisição especificados para os dois sites no RJ (RNP) e em Campinas (CPQD), a ser utilizado para testes, experimentos e validação selecionados a partir de chamadas abertas com academia, startups e verticais da indústria”, informou o gerente de Soluções de Conectividade do CPQD, Gustavo Corrêa.  

Os equipamentos da RAN já recebidos estão em processo de implantação e validação, com demonstração do setup RAN da Radisys no WRNP 23 em Brasília. O próximo passo será concluir a montagem dos dois sites do testbed com a chegada dos demais equipamentos adquiridos.  

Confira o vídeo da primeira demonstração do testbed. 

Fases 2 e 3 e chamadas públicas 

O assessor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP José Rezende apresentou a fase 2 do programa ao Steering Board. “A segunda fase tem o objetivo de desenvolver uma unidade de rádio (RU) em conformidade com a O-RAN Alliance e aplicações SDN inteligentes para o domínio OpenRAN (xApps/rApps), além de avaliar o risco cibernético do Open RAN”, disse Rezende, que também é professor associado do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da UFRJ.  

Além da RNP e do CPQD, a fase 2 terá como instituições executoras o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e o Instituto Eldorado.  

A fase 3 prevê uma seleção pública para instituições de ciência e tecnologia (ICTs) de todas as regiões do país com foco na expansão do testbed OpenRAN e no desenvolvimento de aplicações. Essa fase terá novamente a RNP e o CPQD como executoras.  

A última pauta abordada foram as chamadas públicas para universidades e startups. Lançada em fevereiro deste ano, a chamada pública para academia está em fase de análise de propostas e o resultado deve ser divulgado em julho. A chamada para startups, que tem o objetivo de integrar aplicações cliente ao testbed para demonstrar suas funcionalidades, tem previsão de abertura entre os meses de agosto e setembro.  

Como foco no direcionamento estratégico-tecnológico e inovação, o Steering Board (Comitê de Governança) do OpenRAN@Brasil acompanha e realimenta o projeto, sugerindo novos rumos, auxiliando na solução de dificuldades, analisando estrategicamente o andamento do projeto, identificando potenciais desdobramentos. O comitê é composto por representantes do governo, academia, indústria e operadoras.