Membros do Steering Board do OpenRAN@Brasil e representantes das instituições coordenadoras e executoras estiveram presentes na 4ª reunião, que aconteceu na manhã de 6 de setembro de 2024. Realizado de forma virtual, o encontro teve como pauta os avanços do programa, indicadores, desafios e próximos passos.  

A diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP, Iara Machado, e o diretor de estratégia do CPQD, Alberto Paradisi, destacaram que o programa vem alcançando resultados importantes e está prestes a iniciar uma nova fase. Participaram da reunião representantes do CPQD, RNP, ABINEE, Inatel, P&D Brasil/Datacom, Anatel e Instituto Eldorado. 

O coordenador de P&D da RNP, Lucas Bondan, abriu a apresentação relembrando os pilares do OpenRAN@Brasil: pesquisar, desenvolver, implantar e validar soluções inovadoras para gestão e controle inteligente de redes abertas e desagregadas em diferentes domínios tecnológicos; construir e disponibilizar infraestruturas de experimentação em diferentes domínios tecnológicos que adotem abertura e desagregação; e qualificar profissionais e envolver a academia/indústria.  

Em seguida, Bondan apresentou o status das fases 1 e 2. A primeira fase, que tem como objetivo principal implantar o testbed com infraestrutura de experimentação aberta e programável com tecnologias 5G open RAN, possui dois sites operacionais (no CPQD – Campinas, SP e na RNP – Rio de Janeiro, RJ), conectados por link de 10 Gbps. O descritivo das configurações de cada site está disponível nesse link. O formulário para experimentação no testbed continua disponível. São elegíveis quaisquer propostas com fins de pesquisa, educação e inovação.  

Também foram abordados os resultados da chamada para a academia e startups, cujos Grupos de Trabalho (GTs) e startups já estão executando seus experimentos no testbed, com previsão de conclusão em novembro deste ano.  

A fase 2, que prevê ações de P&D de uma unidade de rádio compatível com 5G O-RAN Alliance (O-RU) e de aplicações SDN inteligentes para o domínio Open RAN (xApps/rApps), além da análise de risco de segurança cibernética Open RAN, também esteve na pauta da reunião. Sobre as atividades de pesquisa, foram selecionadas quatro xApps/rApps  para desenvolvimento e realizado o levantamento dos riscos de segurança e dos mecanismos de mitigação correspondentes. No ambiente de desenvolvimento, há a construção de ambiente de desenvolvimento de xApps/rApps e disponibilização de blueprints desse ambiente.  

Fase 3 está próxima da aprovação  

A fase 3, que prevê a expandir a infraestrutura do testbed para todas as regiões do Brasil, já teve seu projeto-base aprovado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e submetido a Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação (FACTI), onde recebeu um parecer sem ressalvas. A proposta dessa fase foi encaminhada ao GT-PPI e agora aguarda aprovação final pelo MCTI e publicação no Diário Oficial da União (DOU).  

O encontro virtual também apresentou os indicadores do programa, que mobiliza 228 profissionais em diversas áreas. Dentre os indicadores estão os pedidos para uso do testbed, o qual tem 17 experimentos registrados, dos quais 

  • 8 GTs 
  • 6 startups 
  • 1 operadora 
  • 1 indústria 
  • 1 academia 

Outro indicador relevante são as publicações realizadas pelos profissionais envolvidos no programa:  

  • Artigos aprovados: 19 
  • Artigos em revisão: 5 
  • Minicursos aprovados: 1 
  • Minicursos convidados: 1 

Próximos passos  

Além da conclusão dos grupos de trabalho de academia e startups e início da fase 3, os próximos passos do OpenRAN@Brasil incluem a incorporação de novos parceiros e a criação de uma comunidade de P&D em Open RAN no país.  

O gerente de Soluções de Conectividade do CPQD, Gustavo Correa, destacou a sinergia do Centro de Competências Embrapii com o programa. De acordo com o gerente, o testbed se apresenta como uma ferramenta de PD&I, dada a disponibilidade de infraestrutura multi-site na infraestrutura da RNP. Entre outras sinergias, destacam-se a possibilidades de novas parcerias internacionais com países como EUA, Japão, Coréia do Sul, Índia, entre outros e integração de testbeds globais no esforço conjunto rumo ao 6G.  

“O programa OpenRAN@Brasil tem o potencial de estimular e promover avanços em redes de comunicação no país promovendo inovação, reduzindo custos, fortalecendo a indústria nacional, expandindo conectividade, promovendo colaboração global; fornecendo uma infraestrutura de comunicação moderna e flexível; e por ser capaz de se adaptar rapidamente às demandas em constante evolução”, finalizou o coordenador de P&D da RNP, Lucas Bondan.